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ALDEIAS NÃO-GLOBAIS

PARA UMA RURALIDADE SUSTENTÁVEL
Resumo

A sustentabilidade tem hoje uma importância central no desenvolvimento dos territórios e na melhor exploração dos seus recursos, não só no que diz respeito à ecologia, mas também ao desenvolvimento de modelos económicos e sociais com o dinamismo necessário para vencer a crise económica que aparentemente ganhou uma dimensão internacional e na qual a componente cultural muitas vezes permanece ignorada.
Perante o cenário da iminência de uma crise com múltiplas vertentes à escala do planeta, para onde nos conduziram os actuais sistemas de produção, distribuição e consumo, está lançado o desafio aos diferentes órgãos de decisão de se preservar a resiliência dos territórios às agressões ao ambiente presentes e futuras.
A ruralidade tem frequentemente perdido aquelas características que a tornavam viável enquanto território apropriável e explorável pelo homem, mas continua ainda a manifestar potencial para ser reconfigurada, por um lado para receber novos habitantes e formas sustentáveis de ocupação, e por outro para redinamizar a capacidade produtiva do solo e o aproveitamento do capital natural e cultural nas diversas actividades económicas.
Por tudo isto, torna-se pertinente investir em modos sustentáveis de intervenção no território, os quais poderão constituir-se como fundamentos, não só, da promoção de uma economia ecológica assente numa nova ruralidade, mas também, da valorização, em todos os seus aspectos, do ambiente e do capital natural e cultural das regiões, que, por aqui, poderá tornar-se incubadora de projectos-piloto.
O Concelho de Mafra, com as suas reconhecidas valências naturais, sociais e culturais, poderá beneficiar de um investimento em modelos alargados e multidisciplinares de sustentabilidade, que poderá asumir-se como um dos valores fundamentais do concelho, projectando-se como referência internacional.
Encarando a arquitectura, não só enquanto capacidade de produzir os dispositivos construídos que constituem o ambiente físico do habitat humano, mas também dos sistemas de subsistência e produção a eles associados, o SUSTENTA disponibiliza-se a contribuir cientificamente para a fundamentação de uma prática da arquitectura, do planeamento e da gestão do território, nas seguintes vertentes:

  1. ponderação dos aspectos ligados ao ambiente na sua relação com a cultura viva;

  2. estudo dos conhecimentos e das técnicas construtivas de menor impacto ambiental;

  3. desenvolvimento do conceito de “projecto sustentável” como metodologia para um ordenamento e apropriação do espaço habitável segundo princípios de sustentabilidade cultural, económica e da preservação e valorização do ambiente.

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