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PROJECTOS DE DOUTORAMENTO

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A reconstituição tridimensional no âmbito da Cripto-História da arquitectura. Contributo para uma metodologia de (re)interpretação histórico-cultural do património (arquitectónico) de Cacela Velha

Setembro de 2018 - Presente

Orientando: Eduardo Francisco Durão Antunes

Orientação: Pedro Miguel Gomes Januário, Paulo Jorge Garcia Pereira

As recorrentes estratégias de preservação do património arquitectónico têm sido parcas de um conhecimento evolutivo do seu processo de concepção, resultado da aplicação de um conjunto de critérios de intervenção que actualmente valoriza essencialmente os aspectos relacionado com a forma, negligenciando as questões de princípio e contexto.
A Cripto-História, ao considerar aspectos iconológicos da concepção de uma dada obra de arte, permite compreender a origem passada dos seus símbolos cuja base ideológica não tem hoje o mesmo reconhecimento cultural. 
Aplicada à arquitectura, é aqui proposta uma metodologia que aplica o processo cripto-histórico de investigação, auxiliado pela utilização de ferramentas de representação e modelação tridimensional, para a formalização de um modelo diacrónico de uma obra em parte desaparecida, no sentido de se identificarem os critérios de concepção da sua época e, assim, reconstituir a sua história.
Pretende-se, por fim, construir um itinerário metodológico de (re)interpretação histórico-cultural capaz de identificar, de forma actualizada e inteligível, o significado das concepções estilísticas e, com isso, contribuir para uma estratégia de valorização integrada do actual património arquitectónico
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A (In)certeza da Norma.

Arquitectura, Direito e Políticas Públicas em diálogo

(2017 - Presente)

Orientando: Lucinda Fonseca Correia

Orientação: José Duarte Gorjão Jorge

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A urbanidade das áreas costeiras. O lugar arquitectónico na paisagem.
Contributo para uma interpretação integrada da ocupação urbana do Parque Natural da Ria Formosa

(2015 - Fevereiro de 2023)

Orientando: Ricardo Jorge de Almeida Dias Ribeiro

Orientador: José Duarte Gorjão Jorge, Isabel Sousa Rosa, Manuela Raposo Magalhães

Num ano em que as notícias nos dão conta dos danos provocados pelo mar em todo o litoral português devido às variações extremas das condições climáticas, as obras de engenharia já não são suficientemente eficazes para minimizar os efeitos causados pelos designados fenómenos da natureza. Neste contexto, a presente investigação propõe desenvolver uma metodologia de análise e diagnóstico que identifique as potencialidades e fragilidades da paisagem costeira, em concordância com as necessidades das suas comunidades locais. Para tal, tendo em conta o desempenho ecológico da paisagem, serão interpretadas as condições de reconhecimento cultural, cuja relação estabelecida num determinado tempo e num determinado espaço se concretiza no lugar. Assente num Sistema de Informação Geográfica, procurar-se-á também desenvolver uma plataforma Web-SIG que apresente, de forma evolutiva, as transformações ocorridas e os níveis de estabilidade da paisagem costeira da Ria Formosa, como auxílio na previsão de futuros impactos causados pelas acções humanas.

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Para uma Arquitectura do Mar – A Cidade Portuária: Evolução e Poética

(2015 - Presente)

Orientando: Arménio Conceição Lopes

Orientador: Carlos Henriques Ferreira, José Duarte Gorjão Jorge

Considera-se como ponto de partida que um país atlântico possui, além dos aspectos geográficos e fisiográficos, inúmeras outras características que o distinguem de um país continental. Pela mesma ordem de ideias se considera que igual distinção se poderá colocar entre cidades continentais (interiores) e cidades costeiras (marítimas, atlânticas) a grande maioria das cidades portuguesas.

Os processos de ocupação e de distribuição destas cidades reflectirão em si, a aptidão natural do território onde se inserem. Partindo deste pressuposto, permitimo-nos sugerir que negar-lhes essa aptidão negará a sua génese e a sua evolução como cidade. Neste pressuposto entende-se a existência do elemento água, como definidor das primeiras regras de assentamento em terra, a génese da cidade marítima. É na ligação com este elemento que se estabelece esse povoamento territorial. Desenhando a frente líquida e a restante estrutura terreste, estas cidades tiraram partido da aptidão natural do sítio e, subsequentemente, a partir deste elemento primordial, criaram novas interligações com o território e novas territorialidades.

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A Cidade no Estado Novo:

O desenho urbano na obra de João António de Aguiar

(Abril de 2017 - Setembro de 2017)

Orientando: Joana Bastos Malheiro

Orientador: Luís Filipe Ferreira Afonso

Throughout the second and third quarters of the XXth century a significant amount of urbanistic production was destined for the Portuguese metropole. This process began in 1934 with the creation of the General Plans of Urbanisation - Planos Gerais de Urbanização. Ten years later Marcello Caetano created the Office of Colonial Urbanisation - Gabinete de Urbanização Colonial - with the purposes of ordering Portuguese territories in Africa, planning new urban centres and disciplining further expansion. Leading both of these enterprises was João António de Aguiar, an architect whose experience resulted from his collaboration with figures such as Cristino da Silva, Donat-Alfred Agache, Étienne de Groër and Francisco Keil do Amaral.    Detainer of a language of his own, albeit structured upon the authoritarian and centralist politics of the Regime and its socially hierarchized logic, this architect would redraw cities, planning cohesive urban and architectural structures, based on a composition process which resorted to the use of primary elements of cities as structural components in the development of his plans.  With projects spreading throughout three different continents, the analysis of this architects' body of work offers us the possibility of studying it in detail and of comparing cases in both metropolitan and colonial Portugal. We may, in this manner, understand how the underlying principles of his projects in a certain part of the world differ to those which are redrawn in a reality situated 8.000km away. In this sense, the architect's resort to practice invariables will be identified, revealing a conceptual coherence which defines the majority of his journey.

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Memória do Habitar:

Fundamentos para uma "Arquitectura das Emoções"

(2009 - 2018)

Orientando: Rita Gomes Batista

Orientador: José Gorjão Jorge, António Mendes Pedro

Partindo a concepção da arquitectura como uma relação entre objecto e sujeito, concentramos a nossa atenção na interacção do utilizador com o espaço, ou seja, no acto de habitar.

Reconhecendo a importância da memória e da emoção nesse acto de habitar, o estudo profundo dessa interacção, como fenómeno, carece de uma sistematização rigorosa. Esta sistematização implica a clarificação do que se entende por cognição do espaço, onde intervém a percepção, a memória e o movimento, numa proposta interdisciplinar que cruza Teoria e História da Arquitectura com a Psicologia do Espaço.

Pretendemos testar a aplicabilidade de metodologias de análise (qualitativa e quantitativa) da apropriação do espaço por utilizadores concretos. E temos como objectivo a proposta da elaboração de um modelo de análise com base no acompanhamento de experiências, que visam aferir o papel da memória e da emoção na Arquitectura.

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A Defesa e Salvaguarda do Património em Portugal:

as Associações de Defesa do Património (1974-1997)

(2017)

Orientando: Sofia Macedo Magrinho

Orientador: Ana Maria Ferreira Pina; Jorge Manuel Raimundo Custódio

In 1972, in its general Assembly, UNESCO proposed the Convention Concerning the Protection of the World Cultural and Natural Heritage (World Heritage Convention). With it, the universal and exceptional value of heritage, whether cultural or natural, was recognized. Although Portugal only adhered to this document in 1981, the new heritage concepts were already taking its place, especially after the 1974 revolution, much owing to Portuguese technicians present in international conferences in the 70’s and 80’s. In 1978, in Alcobaça, in the International Conference on Research and Defense of Cultural Heritage, the meaning of cultural heritage gained a new approach and new dynamics and growth took place, influencing the heritage preservation model applied until then. The Heritage Defense Associations were particularly active and relevant during that event. In the following years the heritage associations movement grew intensely as the I Defense Association Heritage Meeting, held in Santarém in 1980, demonstrates. The associations gathered together in order to influence heritage politics in the country and in 1985 the first National heritage Law was published. The dynamics of this movement from 1974 until 1997 were this study’s object, in contrast with an apparent void of action from the civil society.

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A experiência do produto:

A experiência quotidiana do objecto úti.

Uma investigação de teoria e crítica do design

(2016)

Orientando: Fernando Manuel Penitência Poeiras

Orientador: José Duarte Gorjão Jorge

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Cacela-a-Velha no contexto da Actividade Marítima e do Povoamento Rural do Sudoeste Peninsular nos séculos XII-XIV

(2009 - 2015)

Orientando: Cristina Tété Garcia

Orientador: Francisco Gómez Toscano, Juan Manuel Campos Carrasco

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Evolução de um Paradigma:

do "Edifício Inteligente" ao "Edifício Vivo" -

Princípios Ecológicos e Ambientais para a Arquitectura Sustentável

(2010 - 2014)

Orientando: Luís Augusto Rosmaninho

Orientador: Jorge Telles Bastos

A chave para uma arquitectura mais sustentável e ambientalmente consciente está na adopção metodológica, no processo arquitectónico, de uma abordagem ecossistémica análoga, utilizando princípios e conceitos ecológicos como aferidores dos níveis de eficiência, adaptação e adequação ambiental desse processo, no plano das diversas escalas espaciais e temporais do território construído, da concepção prévia obsolescência.

A utilização desta matriz conceptual de referenciação ecológica tem como pressuposto fundamental uma relação sinergética e integrada entre o funcionamento natural de base e o uso complementar da tecnologia, privilegiando os componentes e processos de vida e a desmaterialização na abordagem ambiental da arquitectura. Para além da potencial integração em metodologias conceptuais e praxis de projecto, o desenvolvimento desta matriz poder contribuir para a definição de parâmetros objectivos quantificados, utilizáveis na afinação (ou construção) de sistemas de avaliação e certificação da sustentabilidade na área da Arquitectura, bem como um papel programático no seu ensino.

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(In)disciplina da Arquitectura –

Deriva Ficcional para um Enunciado Didáctico, Resistente ao Absurdo

(2009 - 2014)

Orientado: Daniel Maurício Jesus

Orientador: Jorge Cruz Pinto

A tese estuda as condições de possibilidade para o ensino universitário da arquitectura, referindo-o ao contexto social e económico presente. Pretende demonstrar que a didáctica veiculada deve ampliar e aprofundar, pela reflexão e pela imaginação, a construção política do sujeito (bildung): uma proposição fora do alcance da compartimentação disciplinar estrita.

A tese afirma-se sob a forma de proposta metodológica, denominada Arquitecturas Filmadas: o filme apresentado como instrumento de mediação ficcional, a interpor entre o sujeito e o espaço fsico que o abriga ou aparta. Esse dispositivo ficcional coloca-se ao serviço da didáctica de forma análoga, pois também carrega o carácter do observador com uma disposição conceptual prévia. A sistematização proposta permite acolher experiências vivenciais memórias de espaços experimentados e analogias baseadas em personagens ficcionais, colhidas na literatura ou no próprio cinema sob um dispositivo integrador comum: o suporte referencial recupera, para a finalidade enunciada, o binómio compreendido nas representações animadas de movimento, ao associar ao espaço representado um tempo e um modo de observação específicos (contexto). Pela intersecção das formas arquitectónicas com as acções humanas representadas ou imaginadas sobre os espaços, a arquitectura adquire expressão ontológica e vivencial: a inscrição de uma sequência animada, seja de origem narrativa ou visual, sobre um suporte material determinado, resgata o espaço arquitectónico da sua invisibilidade latente.

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A Razão da Arquitectura:

A ideia de Metrópole nos pensamentos de Manfredo Tafuri e Rem Koolhaas

(2009-2012)

Orientando: Jorge Firmino Nunes

Orientador: José Gorjão Jorge

A metrópole tornou-se central à cultura contemporânea. A presença simultânea de duas atitudes em relação à metrópole desconfiança e desejo marca a consciência de um tempo que é o nosso.

A metrópole violentamente denunciada e/ou apaixonadamente exaltada; a forma-tipo da modernidade, constituindo um ponto de fixação dos nossos receios e das nossas esperanças, de tal modo que podemos pensar que qualquer gesto, qualquer acto, qualquer acção da lógica instaurada pelo Iluminismo, uma resposta às questões colocadas pela metrópole.

Respondendo a uma interrogação sobre o nosso tempo, o estudo A Razão da Arquitectura. A Ideia de Metrópole nos Pensamentos de Manfredo Tafuri e Rem Koolhaas analisa o processo desta dialéctica iniciada em finais do séc. XVIII, apoiando-se nas reflexões teóricas de dois autores fundamentais do pensamento arquitectónico contemporâneo: o historiador italiano Manfredo Tafuri e o arquitecto holandês Rem Koolhaas.

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Para o projecto global -

nove décadas de obra -

Arte, Design e Técnica na Arquitectura do atelier Pardal Monteiro

(2012)

Orientando: José Pardal Monteiro

Orientador: António José Morais, Maria Helena Duarte Souto Nunes

A busca do conceito e a prática de projecto total ou projecto global em arquitectura, no sentido de projecto que integra as várias disciplinas artísticas e técnicas e que se reflecte num todo construído coerente, são as linhas mestras da investigação apresentada nesta dissertação. Assim, pretende-se explorar a relação da arquitectura com as obras de arte e com as diversas especialidades técnicas, tendo como referente o conceito de obra total.

Com esse objectivo, estudou-se a forma como, a partir do início do século XX, o projecto passou, em alguns casos, a ser encarado como um estudo global do objecto a edificar, com a totalidade das suas componentes construtivas e artísticas integradas.

O atelier Pardal Monteiro tem uma longa história que remonta a 1919, com Porfírio Pardal Monteiro em início de carreira, e se prolonga com António Pardal Monteiro até aos nossos dias.

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A Fábrica Medieval.

Concepção e construção na arquitectura portuguesa (1150-1550)

(2012)

Orientando: Paulo Jorge Pereira

Orientador: Maria Marques Calado de Albuquerque Gomes

O principal objetivo desta tese é esclarecer a cultura arquitetónica em Portugal durante a Idade Média, entre 1100 e 1550, através do estudo da concepção, programação e execução dos edifícios, seus estaleiros e métodos de trabalho, procurando tecnologias e formas de mediação entre o pensamento, o gesto e o desempenho global seja pelo desenho e/ou qualquer outra instrumentação utilizada.

Assim, olharemos para a invenção de um edifício como um ato intelectual - geralmente para o patrono -, com repercussões de conteúdo prático iminente e em nível pragmático, geralmente para o mestre-pedreiro. Apesar da dramática ausência de documentos e outras fontes, os edifícios oferecem informações suficientes para explicar as opções construtivas baseadas em uma cultura prática antiga e tradicional – mas enraizada no meio intelectual da Idade Média. Assistiremos, então, ao desenvolvimento de um quadro, começando pelos edifícios pré-românicos, que se distanciam muito dos procedimentos da arquitetura romana, e os da época românica, para os quais a antiguidade era uma simples referência representando elementos de prestígio de tempos passados. No período do que hoje chamamos gótico, surgiram uma infinidade de soluções, e os principais impulsionadores das mudanças foram, em Portugal, as ordens monásticas. Podemos, assim, identificar os “regimentos” ou “regulamentos” que unificavam os programas e a forma dos edifícios em termos de seus usuários e seu simbolismo.

O trabalho no estaleiro antes do início da construção e logo depois também é abordado. A partir do século XIV assistimos à emergência do desenho como meio. No final do século XV, apesar da persistência do que poderíamos chamar de “arquitetura escrita”, em vez de “arquitetura desenhada”. No entanto, também reconhecemos um esforço ativo para unificar a linguagem arquitetônica e a produção prática dos estaleiros e seus mestres, com maquetes “seriadas” para igrejas, prédios públicos e, até mesmo, intervenções urbanas.

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