CRR 2020/21
Paisagem e Território Costeiro
a Arquitectura e o Povo, na e da Cova do Vapor
Por pressão conjunta do desenvolvimento turístico urbano e do laissez faire (des)económico global que vem pautando o “mercado imobiliário” que (des)povoa Lisboa, a cidade histórica, de rio e de mar, não deixou de se regenerar e higienizar. No reverso de ambos os termos de aparência benevolente – regeneração e higiene – encontramos processos de exclusão e expulsão contingente de antigos habitantes (socialmente envelhecidos e/ou economicamente desfavorecidos) do centro da cidade, a favor de novas formas (limpas) de colonização económica.
A coberto de um hipotético e pressuposto “direito à cidade” – extensível aos residentes permanentes e eventuais – a produção contingente das arquitecturas representa ainda uma escolha, ou torna-se “mera fatalidade”? (vd. Leon Krier).